sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Shebas

Há amigos que fazemos a quem poderíamos passar toda a vida a dizer: Obrigada!
Porque faz sentido, porque é justo, mas felizmente, aos verdadeiros amigos é dispensável porque termos como: se faz favor, obrigada, entre outras...palavras tão importantes no trato social comum... entre amigos carecem de sentido, pois fazem parte de algo maior que é amizade. Tornam-se por isso desnecessárias.
Porém, a ti um grande Obrigada porque faz todo o sentido. Acabaste de sair, mas é sempre mais fluído escrever do que dizer.
Exerces sobre mim um ascendente punitivo superior aos meus próprios pais, não que os meus pais sejam relapsos, que, de facto, não são, exerce-lo com a intensidade que exerces, porque chegas à minha consciência como se houvesse um canal directo entre a tua boca e o meu cérebro. Quando faço merda és aquela pessoa a quem tenho medo de ligar, porque sei que me vais fazer ver com uma frase todas as minhas falhas. E por isso sei que entraste da minha vida de um modo irreversível. Não sei se acredito no destino, no que tem de ser será...não sei. Não sei imensas coisas, mas sei que te conheci porque tinha de te conhecer, porque quando nascemos, nascemos amigas e o tempo encarregar-se-ia de nos fazer encontrar. Sei que te conheci porque há algo em ti que me ajudou a evoluir, sei que te conheci porque me fazes falta. Sei que tínhamos de nos conhecer para, mutuamente, nos tornarmos melhores pessoas.
E acredito, que independentemente de chamadas telefónicas, mensagens e encontros, caipirinhas, não interessa...quando uma chorar o ombro da outra estará lá, quando uma conseguir alguma coisa a outra estará lá para festejar.
Porque a amizade é assim, não interessam circunstancialismos ocasionais, nada a impede, porque é natural, ela é tudo o que temos e é tudo o que precisamos.
Por tudo o que já passou e pelo muito que está para vir:

OBRIGADA!
Adoro-te, e não tenho dúvidas que seremos amigas para sempre, porque isso não depende de nós nem de ninguém, é assim e pronto!

E ainda, a propósito do presente que me acabaste de oferecer, e porque os grandes autores são assim, li a dedicatória do livro que me deste e fiquei logo fascinada, portanto passo a trancrever:

A Pilar, como se dissesse água

in Caim, José Saramago

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